Buenas amigos daqui de perto e lá de longe.....como todos já sabem nossa casa fechou as porteiras, pois tivemos sérios problemas de saúde devido a um acidente em abril do ano de 2012, com a proprietária desta Casa que tinha a Cara do nosso Rio Grande e sem perspectivas de uma volta em seguida, a solução foi a de adiar pra um dia mais adiante, este nosso Galpão , que tanto se empenhou em destacar e preservar nossa cultura aqui nesta cidade e por todos os pagos . Trouxemos muitos ícones da nossa música Nativista, pra encantar aos ouvidos daqueles que por aqui passaram deixando sua história gravada em nossos corações.....e que já destacando aqui o nosso MUITO OBRIGADO por terem nos deixado lembranças de um passado ainda presente na vida de todos. Por esta Casa, passaram muitos encontros, namoros, amigos, papo de balcão, conversas jogadas fora, risadas , poesias, alegrias, felicidades, cantorias, músicos de grande estirpe, outros que começaram em nossos palcos, teatros, festas, casamentos, aniversários e também abrimos espaço pra outros rítmos brasileiros, que certa forma, foram de grande aprendizado pra nós.Nosso Galpão de Alma Gaúcha, se despede num até breve.......com muitos shows pra ti.
Agradecemos a todos num abraço cinchado de saudosismo!!Fiquem na Paz do grande Mestre!!
Abraço dos amigos de sempre do GR EVENTOS!!
Galpão de Estância
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Venero com toda ânsia
Teus fiapos de picumã
Dependurados nas varas,
Que parecem, quando aclara,
O fogão nas madrugadas
Bandeiras esfarrapadas
Entre as ripas de taquara!
Adoro a figura antiga
Da velha chaleira preta
Que num guincho de carreta
Perto a fervura anuncia,
Parecendo quando chia
No meio da labareda,
Que vai cantar de vereda
As glórias da nossa cria!
Sinto o cheiro, rude incenso,
Do alecrim e da canela
Dando gosto na costela
E o matambre da novilha
E lá longe da coxilha
Sobre um trono de verdura
Vejo estampada a figura
Do campeador farroupilha!
Te adoro a simplicidade
De pau a pique e tijolo
Meu velho abrigo crioulo
Porque és o templo da raça
Temperado na fumaça
Onde ao redor do fogão
Comungo meu chimarrão
Entoando uma ação de graças!
Esse mesmo mate-amargo
Encilhado em boa lua
No toldo de algum charrua
Perdido no descampado
Hoje vinho consagrado
Junto ao altar da querência
Que se bebe em reverência
Das grandezas do passado!
Dizem até que São Pedro
Altas horas desce oculto
Celebrando estranho culto
No teu altar meu galpão,
É o padroeiro do rincão
Que vem pela noite grande
Encomendar o RIO GRANDE
Na missa da tradição!!!
Jayme Caetano Braun